Comprar a casa própria é um investimento importante e, muitas vezes, a realização de um sonho. No entanto, um financiamento imobiliário leva muito tempo e compromete grande parte da renda de uma família.
É por isso que, mesmo com cautela e planejamento financeiro, muitos acabam tendo suas parcelas atrasadas – dessa forma, correm um sério risco de perder o imóvel.
Contudo, existem soluções que podem ser utilizadas para evitar essa situação.
Vamos lá!
QUAL O LIMITE DE INADIMPLÊNCIA QUE O BANCO ACEITA?
De acordo com as regras do financiamento imobiliário, três parcelas em atraso são o limite que o banco aceita. Após isso, a dívida pode ser executada e, consequentemente, o imóvel ser leiloado. Isso porque o bem passa a pertencer à instituição e só volta para o contratante após ele quitar a dívida em atraso.
No entanto, na prática, as coisas são mais flexíveis. As instituições financeiras tendem a ser mais tolerantes. O principal motivo é que não vendem tão rapidamente e o imóvel fica fechado, gerando despesas relacionadas à manutenção.
Dessa forma, algumas financeiras dão um tempo a mais que o limite estipulado para dar início ao processo de retomada do bem. Apesar disso, grande parte dos bancos estão abertos à negociação da dívida em atraso, de forma que fique mais confortável para ambas as partes.
O QUE FAZER PARA NÃO PERDER O IMÓVEL?
Após ter feito tantos planos com a família para entrar em um financiamento imobiliário e, enfim, ter a casa própria, não é justo que não dê certo, não é mesmo? Sendo assim, vamos relacionar algumas dicas para que você mantenha suas prestações em dia e não coloque em risco seu investimento.
Mantenha uma reserva
Apesar de o financiamento imobiliário tornar o sonho da casa própria algo viável para aqueles que não dispõem de recursos, é necessário muito planejamento e economia. Afinal, você vai arcar com uma dívida considerável por muito tempo, e nunca se sabe quando vai se deparar com uma crise financeira.
A dica é criar um fundo financeiro de emergência para momentos de dificuldades, como uma poupança. Dessa forma, haverá uma reserva e você terá um socorro para manter sem atrasos seu financiamento.
Corte despesas
Diante de tanto consumismo, cortar despesas passou a ser uma tarefa difícil, não é mesmo? No entanto, se você considerar que será por uma excelente causa, terá prazer em algumas economias que podem evitar uma série de apertos futuros.
Converse com o banco
Apesar de os financiamentos terem suas regras rígidas, é possível negociar com o gerente. Portanto, se você começar a sentir certa dificuldade, a ponto de não conseguir pagar uma parcela, entre em contato e tente negociar.
De fato, alguns são mais flexíveis que outros. No entanto, ele pode sugerir alternativas que possibilitem o pagamento, ou mesmo, facilitem. Tenha em mente que é interesse do banco, também, que os financiamentos sejam pagos e o imóvel não volte para ele.
Tenha um bom conhecimento acerca do contrato
É essencial ler bem o contrato de financiamento imobiliário para que você conheça todos os seus direitos e obrigações. Entender como tudo funciona pode ajudar muito na hora de negociar com a instituição financeira.
Faça um planejamento
Essa, talvez, seja a principal dica, pois planejar é imprescindível em qualquer setor da vida — e com o financiamento não seria diferente. O planejamento requer que você coloque tudo na ponta do lápis, ou seja, as despesas que terá antes e durante o financiamento. Todas as contas devem ser anotadas.
QUAIS SÃO AS SOLUÇÕES PARA AS PARCELAS ATRASADAS DE FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO?
Assim que o mutuário receber a notificação comunicando o débito, já é hora de agir e buscar entender bem a situação para negociar com o banco. Dessa forma, será possível encontrar as melhores opções para a solução do problema.
Confira!
Renegociar imediatamente
A primeira coisa a fazer é procurar imediatamente a instituição financeira para renegociar a dívida. Lembrando que o pagamento do débito é também do interesse do banco, pois não existe nenhuma vantagem na devolução — uma vez que o mesmo terá que manter um imóvel que ficará fechado por algum tempo.
Dependendo da negociação e da flexibilidade da instituição, é possível que ela negocie uma quantia de entrada e distribua o restante nas prestações posteriores. Mas, para isso, é fundamental que o mutuário busque reverter o problema com o gerente responsável pelo financiamento.
Analisar o contrato
Antes de qualquer atitude, o comprador deve ler o contrato com bastante atenção para saber bem o que vai negociar. Isso porque pode haver brechas a seu favor. Vale ressaltar que alguns contratos incluem um seguro que garante o pagamento em ocasiões em que o mutuário se encontre em dificuldades financeiras ou mesmo desempregado.
Depois disso, quando o comprador já terá ciência de todos os parágrafos do contrato, deverá buscar imediatamente o gerente do banco para negociar a dívida.
Usar o FGTS
De acordo com as regras do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço), a utilização do recurso para quitação de parcelas de financiamento imobiliário em atraso só pode ocorrer quando houver até três cotas sem pagamento. Portanto, se o mutuário tiver saldo, é uma boa chance de quitar a dívida.
Vender o imóvel
Em casos em que o pagamento da dívida chega a níveis mais críticos, pode ser a hora de se pensar na venda do imóvel. Mas vale ressaltar que essa decisão é uma alternativa extrema, que deve ser tomada quando todos os recursos e tentativas de solução do problema se esgotaram.
Por outro lado, a venda do imóvel pode ser um bom negócio para quem passa por essa situação, uma vez que é possível lucrar mais do que foi investido. Contudo, por ser um momento crítico e um processo que demanda agilidade, o valor da venda pode sofrer uma queda.
Como você viu, as parcelas atrasadas de financiamento imobiliário podem ser negociadas para que você mantenha vivo o sonho da casa própria.
Estamos aqui para ajudar – sempre!
Fonte: Moving
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